Hanseníase: atualização para a Atenção Básica de João Pessoa -PB.

 A Atenção Básica de João Pessoa participou, no dia 06 de julho de 2021,  de uma atualização sobre o tratamento da hanseníase paucibacilar. Na oportunidade, a enfermeira sanitarista, Micheline Mendes, apresentou a nota técnica e o esclareceu dúvidas.

O novo esquema de tratamento (Poliquimioterapia Única -PQT-U) entrou em vigor no dia 1º de julho, com a inclusão do fármaco Clofazimina, no esquema de tratamento Paucibacilar, que continua com a mesma orientação de tratamento com 06 cartelas. A clofazimina já é utilizada no esquema multibacilar e portanto, bem conhecida pelos profissionais de saúde, tendo boa aceitação também pelos pacientes.

Segundo a Nota Técnica, os pacientes diagnosticados ate´ o dia 30 de junho de 2021, permanecerão com o esquema anterior (Poliquimioterapia Paucibacilar- PQT-PB) e, apenas os diagnosticados a partir de 1º de julho utilizarão a PQT-U.

Os detalhes sobre essa mudança estão na Nota Técnica 16/2021, disponível na biblioteca desse blog.

MUDANÇA NO TRATAMENTO DA HANSENÍASE PAUCIBACILAR

A Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação emitiu a NOTA TÉCNICA Nº 16/2021, que dispõe sobre as orientações a Estados e Municípios para a implementação da “ampliação de uso da clofazimina para o tratamento da hanseníase paucibacilar, no âmbito do Sistema Único de Saúde”.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que acomete principalmente nervos periféricos e todo o tegumento. A doença tem cura, mas ainda se configura como um importante problema de saúde pública para o Brasil, que permanece em 2º lugar no mundo em número de casos.

Desde 2018, por meio da Portaria SCTIE N. 71, de 11 de dezembro de 2018, , o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde tornou pública a decisão de ampliar o uso da clofazimina para hanseníase paucibacilar conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde –SUS.

Esses fármacos são fruto de ação humanitária por meio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em 2021, atingiu capacidade técnica para atender a demanda brasileira de Poliquimioterapia da associação “rifampicina + dapsona + clofazimina” para todos os casos de hanseníase, passe a ser denominada “Poliquimioterapia Única (PQT-U)”.

Assim, todos os pacientes diagnosticados com hanseníase paucibacilar que iniciem tratamento farmacológico a partir de 01 de julho de 2021, passem a ser tratados com Poliquimioterapia Única – PQT-U (associação rifampicina + dapsona + clofazimina), por seis doses; e que os pacientes diagnosticados com hanseníase multibacilar, a partir de 01 de julho de 2021, mantenham o tratamento farmacológico com Poliquimioterapia Única – PQT-U (rifampicina + dapsona + clofazimina), por doze doses. 

No entanto, é importante ressaltar que os pacientes diagnosticados com hanseníase paucibacilar que iniciaram tratamento farmacológico até a data de30 de junho de 2021, sejam mantidos em tratamento farmacológico com o blister PB (associação rifampicina +dapsona), por seis doses, concluindo o tratamento com a mesma cartela que iniciou.

A nota técnica está disponível na biblioteca desse blog.

Fortalecendo as parcerias na Atenção Básica

A Secretaria de Saúde do Município de João Pessoa- PB, por meio da Diretoria de Atenção à saúde,  promoveu, nesta quarta-feira (21), no auditório da Estação das Artes (anexo da Estação Cabo Branco), no bairro do Altiplano, uma reunião com os Gerentes  de Unidades de Saúde da Família (USF), tendo como pauta as Ações de Controle da Hanseníase no município, bem como as estratégias para a identificação de casos suspeitos de hanseníase e o acompanhamento dos usuários que estão em tratamento. 

Foto gentilmente cedida por Naedna Gomes

A enfermeira, pesquisadora e servidora na Área Técnica da  Tuberculose e Hanseníase, Micheline Mendes apresentou tópicos relativos à doença, à vigilância epidemiológica e aos aspectos operacionais que envolvem o cuidado a pessoa doente e conviventes domiciliares.

 O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a hanseníase permanece como um importante problema de saúde pública no País¹.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge os nervos periféricos e pele, mas também pode acometer outros órgãos. Se não diagnosticada e tratada no início, a doença pode levar à incapacidade física. uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional¹. 

Apenas as pessoas doentes, que NÃO estão em tratamento, transmitem a hanseníase. A transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores (tosse ou espirro). A doença é transmitida de pessoa para pessoa.

São sintomas da doença:

• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato.
• Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
• Caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos.
• Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular de olhos, mãos e pés.
• Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés.

A hanseníase tem cura. O tratamento é gratuito, realizado pelo SUS¹.

Fonte: http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/hanseniase/

 

Campanha do Minstério da Saúde 

¹ Fonte: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase

Rede universitária discute estratégia para o enfrentamento da hanseníase

Professores de universidades públicas e privadas, servidores públicos da saúde, estudantes  de grupos de pesquisa, de graduação e pós-graduação e representante do movimento social participaram da 3ª reunião da Rede Universitária de Combate a Hanseníase - Paraíba (REDE-HANS/PB), que faz parte da Rede Nacional.

A Rede Universitária Nacional de Combate a Hanseníase (REUNA - HANS) foi criada, em 2015, com a finalidade de articular pesquisadores, gestores, profissionais e comunidade no combate à hanseníase no Brasil.*

O momento teve como pauta a apresentação da "Estratégia Global para Hanseníase 2016 -2020 - Aceleração rumo a um mundo sem hanseníase”, publicada em 2016 pela Organização Mundial de Saúde, e a versão preliminar da "Estratégia Nacional para o Enfrentamento da Hanseníase 2019 -2022", proposta pela Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE), do Ministério da Saúde, com objetivo de reduzir a carga de hanseníase no Brasil e o intuito de subsidiar o planejamento das ações no âmbito das três esferas governamentais. O documento esteve sob consulta pública durante todo o mês de março de 2019, para divulgação e contribuições para seu aperfeiçoamento.

A reunião aconteceu na sala da Pós-graduação em Enfermagem da UFPB, sendo conduzida pela Dra. Valéria Peixoto, que durante o momento de abertura e acolhimento, enfatizou a importância da REDE-HANS/PB, parabenizando os presentes pelo envolvimento e compromisso.

Em seguida, a Enf Ms Micheline Mendes fez uma apresentação sobre a composição dos documentos e ações estratégicas propostas. 

A representante do Movimento de Reintegracao das Pessoas Atingidas pela Hanseníase - MORHAN, na Paraíba, Severina Maria dos Santos  Ribeiro, esteve presente, apresentando suas contribuições para a  discussão das ações estratégicas.

*descrição retirada da página @REUNAHANS, do Facebook.

Ações de saúde sobre a hanseníase aconteceram no parque da Lagoa

Profissionais do CHCF e da SES-PB

Na manhã de sábado, dia 26 de janeiro de 2019, aconteceu na Lagoa do Parque Sólon de Lucena, no centro de João Pessoa-PB, uma importante atividade de saúde tendo como tema principal a hanseníase.

 A ação aconteceu em alusão ao DIA MUNDIAL DE COMBATE A HANSENÍASE, definido como o último domingo de janeiro. 

Na  oportunidade, além de atvidade lúdica sobre a doenças, foram divulgados sinais e sintomas da doença, pessoas foram examinadas e também foram ofertados outros exames, como teste rápido para detecção do HIV, de hepatites virais e sifilis. 

Ao fim da manhã 196 pessoas haviam sido atendidas, sendo 6 exames positivos para sífilis, 01 para HIV e 6 suspeitos de hanseníase foram encaminhados para serviços de saúde para confirmação diagnóstica.

A hanseníase tem cura!

Atualizações em hanseníase para profissionais de saúde integram as ações do Janeiro Roxo

Dra. Taís Matos (diretora geral do CHCF)

 Na manhã da quinta-feira,  24 de janeiro, uma atualização nas Ações de Controle e Eliminação da Hanseníase para profissionais médicos e enfermeiros da Atenção Básica do estado da Paraíba. A abertura do evento foi feita pela diretora geral do Complexo hospitalar Dr. Clementino Fraga (CHCF), Dra, Taís Matos, que ressaltou a importância de atividades direcionadas também a qualificação de profissionais de saúde.

Dra Micheline Mendes

A atividade aconteceu no auditório do Hospital, em João Pessoa-PB e teve como palestrantes a médica dermatologista Renata Mota, a enfermeira especialista em dermatologia Micheline Mendes e a fisioterapeuta Débora Lucena. As aulas trouxeram para discussão o diagnóstico médico, o acompanhamento dos casos e avaliação de grau de incapacidades físicas na hanseníase.

O evento aconteceu em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, por meio do Núcleo de Doenças Endêmicas.

Hospital Clementino Fraga promove atividades de divulgação da hanseníase

O mês de janeiro é dedicado a intensificação das Ações de Combate a Hanseníase  (JANEIRO ROXO), sendo o último domingo de janeiro o DIA MUNDIAL DE COMBATE A HANSENÍASE.

Atividades de divulgação de sinais e sintomas da doença foram realizadas pelo pela equipe do Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, referência no estado da Paraíba no atendimento às pessoas atingidas pela hanseníase, em parceria com o Núcleo de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (NDE/SES-PB), junto às pessoas que trabalhavam e transitavam na feira de Jaguaribe na quarta-feira, dia 23 de janeiro.

Companhia do Riso abordando o tema hanseníase

Ações de educação em saúde foram realizadas também nas salas de espera do ambulatório do hospital durante a semana, informando sobre sinais e sintomas da doenças, tratamento e cura.

Profissionais e atores da Companhia do Riso abordaram o tema com muito humor e irreverência.

A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, que afeta a pele e nervos periféricos, podendo levar a incapacidades e deformidades físicas. A doença tem cura e o tratamento é gratuito e disponível em todo território nacional.